O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que houve “melhorias significativas” na entrega de material militar por parte dos aliados, após semanas de apelos da Ucrânia por suporte adicional. Zelensky utilizou suas redes sociais para destacar um aumento nas entregas de pacotes de apoio, especialmente no que diz respeito ao “material de artilharia”.
Nas últimas semanas, Zelensky havia expressado preocupações sobre os atrasos na entrega de armamentos, enfatizando que apenas 10% da ajuda militar aprovada pelos Estados Unidos para 2024 havia chegado à Ucrânia até o momento. Ele atribuiu o progresso modesto, mas contínuo, das forças russas na linha de frente à lentidão na execução das entregas de armas.
A melhora nas entregas foi anunciada após uma reunião em Kiev entre Zelensky e sua liderança militar, onde discutiram a situação na frente oriental e a região de Kursk, onde tropas ucranianas conseguiram ocupar parte do território russo após uma operação transfronteiriça iniciada em agosto.
Zelensky também foi atualizado pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, sobre o fornecimento de drones ao exército ucraniano. O presidente ordenou um aumento nas encomendas de drones de fabricação ucraniana para apoiar as operações militares.
No último sábado, Zelensky havia solicitado aos aliados que deixassem de “espiar” e tomassem ações concretas antes que as tropas norte-coreanas destacadas na Rússia chegassem ao campo de batalha. Hoje, ele levantou a possibilidade de um ataque preventivo contra os campos onde as tropas norte-coreanas estão sendo treinadas, ressaltando que a Ucrânia tem conhecimento de suas localizações, mas não pode agir sem a permissão dos aliados para utilizar armas de longo alcance fabricadas no Ocidente.
A administração do presidente Joe Biden informou que cerca de 8.000 soldados norte-coreanos estão em Kursk, prontos para apoiar o Kremlin na luta contra as tropas ucranianas. Líderes ocidentais consideram o envio de tropas norte-coreanas uma escalada significativa, que pode impactar as relações na região Indo-Pacífico e abrir a possibilidade de transferência de tecnologia militar de Moscovo para Pyongyang, aumentando assim a ameaça representada pelo programa de armas nucleares e mísseis da Coreia do Norte.