Novas acusações envolvendo a presidente da Associação dos Estudantes da Universidade Agostinho Neto (AEUAN), Yolanda Domingos, emergem como um tema central de preocupação entre a comunidade acadêmica. As alegações de corrupção, apropriação indevida de recursos e má gestão estão colocando em xeque a integridade da instituição, especialmente considerando o aparente apoio da Reitoria a práticas questionáveis.
Fontes internas revelam que Yolanda Domingos teria monopolizado o controle financeiro da associação, afastando o secretário de finanças de suas funções. O ex-secretário, que pediu exoneração, relatou ter sido impedido de acessar informações essenciais sobre operações e gastos. Desde a exclusão do secretário, os 2 milhões de kwanzas mensais que deveriam ser destinados a apoiar as unidades orgânicas e o secretariado não chegaram a seus destinatários, conforme afirmam secretários gerais de diversas faculdades.
Um membro do secretariado expressou preocupação: “O dinheiro que a Reitoria repassa a Yolanda é utilizado exclusivamente em benefício próprio, prejudicando as atividades associativas.”
A situação torna-se ainda mais crítica com o caso da festa de aniversário da associação, que teve um orçamento de 9 milhões de kwanzas. De acordo com informações, apenas 1,5 milhão de kwanzas foi utilizado para o evento, sem que Yolanda apresentasse contas sobre o restante. Testemunhas afirmam que os alimentos e bebidas adquiridos foram levados para sua residência, e que os ingressos vendidos não aparecem em relatórios financeiros, levantando sérias suspeitas de apropriação indevida.
Além disso, os estudantes denunciam a falta de assistência social. Pedidos para ajudar estudantes carentes a conseguir vagas no lar universitário foram ignorados. Em eventos que ofereciam estágios e oportunidades de trabalho, estudantes perceberam que pessoas não ligadas à universidade, incluindo familiares de Yolanda, foram favorecidas, enquanto os estudantes que realmente necessitavam de apoio foram deixados de lado.
Outro aspecto que gera desconfiança refere-se à gestão dos valores destinados às viagens da associação. Há relatos de que, embora cada estudante devesse receber cerca de 150 mil kwanzas, apenas 50 mil foram distribuídos, sem explicação sobre o destino do restante.
No interior do secretariado, o clima é de descontentamento. Membros afirmam que, sob a liderança de Yolanda, apenas ela trabalha ativamente, enquanto os demais são frequentemente ignorados. Sua postura tem sido descrita como autoritária e arrogante, dificultando o trabalho coletivo e prejudicando a imagem da associação.
As acusações aumentam a pressão sobre Yolanda Domingos, cuja permanência no cargo é cada vez mais contestada, especialmente considerando que seu mandato já terminou e que ela não é mais estudante da Universidade Agostinho Neto, o que contraria os estatutos da associação. Diante das denúncias, os estudantes exigem sua saída imediata, uma auditoria nas contas da associação e a devolução dos recursos que teriam sido desviados.
Um membro da associação resumiu a situação: “A gestão dela é marcada por abuso de poder e falta de transparência. Não podemos permitir que a associação continue refém de uma liderança que ignora os interesses dos estudantes.” Os estudantes deixaram uma mensagem de reflexão a Yolanda: “Talvez você devesse pensar: o que realmente fez por aqui? Sua passagem, até agora, não deixou boas marcas. Da próxima vez, falaremos sobre sua relação íntima com o Reitor. Respeite a instituição e os estatutos.”