A exploração ilegal de diamantes na província da Lunda Norte, Angola, continua a gerar tragédias, com dezenas de mortes registradas devido a confrontos entre garimpeiros e forças de segurança mineira. Segundo o ativista José Mateus Zecamutchima, líder do Movimento do Protetorado da Lunda Tchokwe, cerca de sessenta garimpeiros morreram em agosto, sendo mais de quarenta soterrados e outros mortos por agentes de segurança.
Zecamutchima afirma que o garimpo ilegal, amplamente praticado por estrangeiros, voltou a crescer na região após a “Operação Transparência”. Segundo ele, empresários angolanos e estrangeiros estão fomentando o caos, usando forças de segurança para intimidar e gerar violência. Em localidades como Calonda, Cambulo e Cafunfo, os conflitos têm sido frequentes, sem ações efetivas das autoridades para coibir o garimpo.
A situação em Cafunfo é particularmente crítica, com a morte de mais de cinquenta garimpeiros soterrados nos últimos meses, expondo as condições precárias e perigosas da exploração na região.