
Desde a sua eleição como vice-presidente do MPLA, Mara Quiosa tem adotado uma postura cada vez mais ativa, apontando para um projeto político que ultrapassa as funções convencionais do cargo. Com uma expressiva votação de 95,7% no último congresso extraordinário do partido, realizado a 18 de dezembro de 2024, a dirigente começa agora a mover peças dentro das estruturas partidárias com vista ao reforço da sua presença pública.
Segundo fontes próximas da direção, a equipa de Quiosa terá orientado os principais organismos de base do partido – nomeadamente a Organização da Mulher Angolana (OMA) e a Juventude do MPLA (JMPLA) – a abrirem mais espaço para sua intervenção direta em atividades estratégicas. A decisão estaria alinhada com o objetivo de intensificar a presença da vice-presidente em ações de mobilização política, especialmente junto da população jovem e das mulheres.
A atuação de Mara Quiosa em mercados informais e eventos sociais tem sido notada por observadores e membros do partido, uma vez que, tradicionalmente, esses espaços são reservados a representantes regionais ou coordenadores dos grupos de acompanhamento. A sua presença constante em terreno é interpretada por muitos como uma tentativa de dinamizar o contacto com as bases e recuperar a confiança do eleitorado.
Ainda de acordo com relatos internos, tanto a OMA quanto a JMPLA terão recebido instruções para organizar iniciativas de grande alcance, nas quais Quiosa possa participar de forma destacada. Estas ações estariam a ser cuidadosamente preparadas com o olhar voltado para o calendário político, particularmente as eleições gerais previstas para 2027.
Embora o MPLA não tenha feito declarações públicas sobre tais movimentações, o posicionamento visível da vice-presidente sinaliza um novo momento na sua trajetória dentro da estrutura do partido, sugerindo ambições maiores e uma aposta clara na construção de uma imagem política sólida e popular.