O candidato presidencial Venâncio Mondlane retornou a Maputo nesta quinta-feira, após dois meses e meio liderando a contestação aos resultados das eleições gerais a partir do exterior. Sua chegada ao Aeroporto Internacional de Maputo foi marcada por um forte esquema de segurança.
Momento antes do desembarque de Mondlane, a Unidade de Intervenção Rápida (UIR) dispersou os apoiantes que se concentravam nas proximidades do aeroporto, utilizando gás lacrimogéneo.
Em declarações à imprensa, Mondlane apresentou três objetivos principais para seu regresso ao país:
1. Desmentir Rumores de Evitação: Ele quer esclarecer que não está evitando o diálogo por estar fora do país. “Agora, se quiserem negociar comigo, já podem chamar-me à mesa”, afirmou.
2. Denunciar Agressões a Apoiantes: Mondlane revelou que o regime está “eliminando silenciosamente” seus apoiantes, afirmando: “As pessoas que me apoiam estão a ser executadas.” Ele também expressou a intenção de visitar valas comuns e defender os moçambicanos vítimas de violência.
3. Compromisso com o Povo: O candidato sublinhou que deseja estar presente em todos os momentos, “bons e maus”, ao lado dos moçambicanos. Ele enfatizou seu compromisso com a luta política: “Eu vou lutar até às últimas consequências. Não entrei nesta luta para obter benefícios materiais ou financeiros, mas pelo povo moçambicano.”
Quanto ao seu vínculo com o partido PODEMOS, Mondlane negou qualquer conflito interno, afirmando: “Não tenho problema nenhum com o PODEMOS. Continuo firme no partido.”
A determinação de Mondlane em lutar pelos direitos do povo moçambicano e sua disposição para enfrentar as adversidades revelam seu compromisso inabalável com a causa que defende.