
A cólera em Angola começou a ganhar proporções de surto epidêmico, com 332 casos notificados, resultando em 20 mortes. Em resposta, o Governo, por meio do Ministério da Saúde (MINSA), adotou medidas preventivas mais severas para conter a propagação da doença, que é transmitida por alimentos ou água contaminados e pode se espalhar rapidamente, com um período de incubação de até cinco dias.
Entre as novas diretrizes, destaca-se a recomendação de uso de álcool gel para a higienização das mãos, além da imposição de rigorosas medidas de limpeza e desinfecção em locais de grande circulação, como hotéis e restaurantes. A circular do MINSA exige que os estabelecimentos comerciais disponibilizem uma solução de lixívia para desinfetar os calçados na entrada, que todos os trabalhadores higienizem suas mãos antes de entrar em contato com alimentos e clientes, e que as superfícies sejam regularmente desinfetadas com álcool líquido a 70% ou lixívia.
O Governo também enfatiza a necessidade de lavar as mãos com água e sabão, especialmente antes e após a manipulação de alimentos, além de desinfetar alimentos hortifrúcticos com hipoclorito de sódio. Reforça-se ainda a recomendação de fervura da água em caso de dúvidas quanto à sua potabilidade.
Além disso, qualquer pessoa com sintomas de cólera, como diarreia e vômitos, deve ser encaminhada imediatamente para unidades de saúde, a fim de evitar complicações graves como desidratação, insuficiência renal e até mesmo óbito.