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Em um momento crucial para a Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enfatizou a urgência da entrega de armas e munições ao país. Durante sua chegada a Kyiv, a líder europeia declarou: “Devemos acelerar a entrega imediata de armas e munições [à Ucrânia]. Esse será o foco do nosso trabalho nas próximas semanas.”
Von der Leyen também anunciou que em breve apresentará um plano abrangente para aumentar a produção de armas e fortalecer as capacidades de defesa da União Europeia, destacando que a Ucrânia será uma das beneficiadas. A visita à capital ucraniana coincide com o terceiro aniversário do início da guerra, e a chefe da Comissão Europeia reforçou a importância da parceria entre a Ucrânia e a Europa.
“Estamos hoje em Kyiv porque a Ucrânia é a Europa. A nossa parceria estreita é do interesse da Ucrânia, mas também do interesse da Europa”, afirmou, ressaltando o apoio da UE a uma Ucrânia livre e soberana em seu caminho rumo à adesão à União Europeia.
Além disso, Von der Leyen mencionou a capacidade inovadora da indústria de defesa ucraniana, que pode contribuir para a resiliência da União Europeia, enquanto os 27 Estados-membros assumem maior responsabilidade por sua própria segurança. Um pacote energético ambicioso está sendo preparado para aumentar a segurança energética tanto para a Ucrânia quanto para a UE, com a meta de integrar os mercados de eletricidade da Ucrânia e Moldávia até o final de 2026.
A presidente da Comissão Europeia também alertou que a UE intensificará as “sanções punitivas” contra a Rússia, a menos que haja um avanço significativo na busca por um acordo de paz duradouro.
Nos últimos dias, líderes europeus têm trabalhado para estruturar uma resposta às mudanças políticas nos Estados Unidos sob a nova presidência de Donald Trump, que podem afetar o apoio contínuo à Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressou preocupação com a possibilidade de ser forçado a assinar um acordo econômico com Washington para garantir assistência militar, em meio a sinais de que a ajuda dos EUA poderia estar em risco.
Zelensky comentou que, se as condições forem impostas, “fica claro” que ele pode ser obrigado a ceder, evidenciando a complexidade da situação atual.