
A expectativa de alternância de poder em 2027 promete transformar a UNITA e desafiar o MPLA a se reinventar na oposição, afirma Rafael Ulombe Decas, jovem político da UNITA. Este cenário, que se desenha em meio a um contexto de desinformação e desafios políticos, representa uma mudança significativa na história política de Angola.
Historicamente, a comunicação política em Angola tem sido uma ferramenta de controle, utilizada pelos governos desde a independência em 1975. Os meios de comunicação estatais têm reforçado narrativas favoráveis ao partido no poder, enquanto marginalizam a oposição. A UNITA, desde a sua fundação, tem sido alvo de campanhas difamatórias, retratada como um grupo terrorista durante a guerra civil e, mais recentemente, como uma ameaça à estabilidade do país.
Desde que Adalberto Costa Júnior assumiu a liderança da UNITA, a perseguição e desinformação direcionadas a ele e a seus aliados se intensificaram. A cobertura negativa na TPA, Rádio Nacional de Angola e TV Zimbo tem sido uma constante, como evidenciado pelo tratamento dado ao Secretário Provincial da UNITA em Luanda, Adriano Abel Sapiñala, que sofreu ataques por exercer seu direito de manifestação.
No entanto, a ascensão dos media digitais começa a desafiar o monopólio da informação. Redes sociais como Facebook e Twitter oferecem alternativas de comunicação, permitindo que os cidadãos acessem fontes diversificadas de informação, embora o Estado também busque controlar essa narrativa por meio de estratégias digitais.
Com os preparativos para 2027, a UNITA se apresenta mais forte e organizada, com uma base política consolidada e um programa claro para o futuro do país. Aprendendo com as experiências passadas, o partido está determinado a mobilizar o eleitorado, especialmente a juventude, que clama por uma governança transparente e eficaz.
A alternância de poder não será apenas uma vitória para a UNITA, mas também um desafio para o MPLA, que terá a chance de se reinventar na oposição. A necessidade de refletir sobre erros passados e adotar um papel construtivo é essencial para a saúde da democracia em Angola.
A UNITA acredita que o futuro do país depende de uma governança responsável e inclusiva, focada no desenvolvimento econômico, no combate à corrupção e na promoção dos direitos humanos. A mudança que se aproxima em 2027 não se limita a uma troca de partido no poder; é uma oportunidade para reescrever a história de Angola e trazer esperança ao seu povo. Que venha 2027 e que se inicie uma nova era!