
O secretário-geral da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Álvaro Daniel, criticou o julgamento de sete cidadãos angolanos, que inclui a citação dos nomes do líder do partido, Adalberto Costa Júnior, e do presidente do grupo parlamentar, Liberty Chiaka. O julgamento, que começou na segunda-feira no Huambo, é visto por Daniel como uma “devassa pública” que mancha a reputação dos mencionados.
“Consideramos que isso é uma devassa pública do bom nome do presidente Adalberto e do cidadão Liberty Chiaka”, afirmou, ressaltando que ambos têm trabalhado arduamente pelo bem-estar do país. Ele enfatizou que o que está ocorrendo no Huambo é um “teatro político”, sugerindo que as alegações contra os acusados são infundadas e que não há provas concretas.
Álvaro Daniel desafiou as autoridades a apresentarem evidências, reafirmando que a UNITA é um partido que desarmou em 2002 e está comprometido com a paz e a democracia em Angola. Ele exortou os órgãos de justiça a não serem usados para fins políticos e destacou que as pessoas envolvidas são conhecidas por sua participação em processos anteriores contra o partido.
O tribunal está julgando sete indivíduos, dos quais seis enfrentam acusações de organização terrorista, posse de substâncias explosivas e associação criminosa, enquanto um é acusado de falsificação de documentos. As alegações incluem planos de atacar alvos estratégicos, como a Presidência da República e a embaixada dos EUA, durante a visita do ex-presidente Joe Biden, que ocorreu em dezembro de 2024.
O grupo, liderado por João Gabriel Deussino, supostamente buscava derrubar o governo e desestabilizar a ordem política e social em Angola. As autoridades afirmaram que a organização, que opera desde 2017, tinha ligações internacionais e foi monitorada desde outubro do ano anterior ao seu desmantelamento.
O julgamento continua, com a UNITA e seus líderes desafiando as alegações e defendendo a integridade e a dignidade de seus membros.