
Face ao aumento das tarifas chinesas sobre produtos norte-americanos, o Presidente dos Estados Unidos apela à relocalização da indústria nacional.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a apelar às grandes empresas norte-americanas para que transfiram as suas operações de volta ao território nacional, prometendo um conjunto de benefícios que incluem “tarifas zero” e uma aceleração nos processos de licenciamento energético e ambiental.
A proposta surgiu como resposta direta à decisão recente da China de aumentar as tarifas sobre os produtos norte-americanos, passando de 34% para 84% em diversos setores. Trump manifestou-se através da sua rede social, Truth Social, onde classificou o momento como “ideal” para repatriar negócios e operações industriais para os EUA.
“Esta é uma altura excelente para transferirem as suas atividades para os Estados Unidos da América, como a Apple e muitas outras empresas já estão a fazer, em número recorde”, escreveu o chefe de Estado.
Em apoio à sua estratégia, Trump recordou que a Apple anunciou, em fevereiro, um investimento superior a 500 mil milhões de dólares no país ao longo dos próximos quatro anos, com a criação prevista de cerca de 20 mil empregos. O investimento surge na sequência de um apelo anterior do próprio presidente à relocalização da produção tecnológica.
Além dos incentivos fiscais, Trump garantiu que os novos projetos empresariais nos EUA terão acesso a aprovações rápidas em questões relacionadas com energia e meio ambiente, uma medida que visa remover entraves burocráticos e tornar o país mais atrativo para a indústria nacional.
Com esta nova ofensiva política e económica, a Administração Trump reforça o discurso protecionista que tem marcado o seu mandato, tentando conter os impactos da guerra comercial com a China e estimular o crescimento interno através da industrialização e da criação de empregos.