A Televisão Pública de Angola (TPA) foi considerada por muitos angolanos como a pior estação de televisão do país em 2024. As críticas mais recorrentes giram em torno da falta de imparcialidade política, má gestão editorial e conteúdos pouco inovadores, fatores que minaram a credibilidade da emissora ao longo do ano.
A TPA, sendo uma televisão pública financiada pelos contribuintes, deveria garantir espaço igualitário para todos os partidos e figuras políticas. No entanto, telespectadores apontam que a emissora favorece amplamente o MPLA, partido no poder, enquanto marginaliza vozes da oposição. Como exemplo, o Presidente João Lourenço já foi entrevistado diversas vezes na TPA, enquanto Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, nunca teve espaço para entrevistas ou debates na emissora.
Esse desequilíbrio gerou forte indignação entre os espectadores, que acusam a TPA de servir como plataforma de propaganda do governo, em vez de promover um jornalismo imparcial e plural. A falta de abertura para debates públicos e a ausência de cobertura sobre temas críticos relacionados à oposição reforçam as críticas de que a emissora não atende aos interesses democráticos do país.
Além disso, problemas técnicos frequentes, qualidade questionável na produção de programas e a repetição exaustiva de conteúdos antigos aumentaram a insatisfação popular. Muitos angolanos recorreram às redes sociais para expressar descontentamento, levando a emissora a enfrentar uma queda significativa na sua reputação.
Especialistas em mídia defendem que a TPA precisa urgentemente reformular sua linha editorial, investir em conteúdos mais diversificados e garantir espaço equilibrado para diferentes pontos de vista. Para reconquistar a confiança do público, será necessário um compromisso firme com a transparência e a imparcialidade.
Enquanto isso, a percepção negativa continua a crescer, consolidando a TPA como a estação de televisão mais criticada de Angola em 2024.