
As tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entram em vigor hoje, marcando um novo capítulo nas tensões comerciais globais. Inicialmente, as importações do Canadá e do México haviam sido suspensas por um mês após negociações, mas as tarifas avançaram, gerando preocupações sobre uma possível escalada da guerra comercial.
O clima de incerteza já afetou a economia mundial, com temores de que a inflação possa aumentar e que o setor automotivo sofra caso os dois maiores parceiros comerciais dos EUA, Canadá e México, sejam sobrecarregados com impostos. Além disso, a Europa está na mira, com Trump anunciando que produtos europeus estarão sujeitos a taxas alfandegárias de 25%.
A partir de hoje, os EUA também aumentarão em 20% as tarifas sobre produtos chineses. Em resposta, a China está considerando adotar medidas contra as exportações agrícolas e alimentares americanas. O *Global Times*, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, alertou que, se os EUA persistirem em aplicar taxas unilaterais, a China reagirá com “contramedidas firmes e enérgicas”.
Essas retaliações poderiam incluir tarifas sobre produtos agrícolas e alimentares dos EUA, que são alvos principais de possíveis sanções.
Trump já havia imposto várias rodadas de tarifas sobre bens chineses em sua primeira presidência (2017-2021), levando a uma série de respostas da China, que também aplicou tarifas sobre exportações americanas. Em janeiro, a China respondeu a uma taxa de 10% sobre todas as importações de produtos chineses com taxas de 10% a 15% sobre certos produtos dos EUA, além de novas restrições sobre exportações de minerais essenciais.
As tensões aumentam também em relação às tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio, que afetam a China, uma vez que exporta estes materiais para países como Canadá e México, que, por sua vez, os vendem aos EUA.
A situação continua a evoluir, e a comunidade internacional observa atentamente as repercussões dessas medidas comerciais.