
O tabaco continua a representar uma grave ameaça à saúde pública em Angola, sendo responsável por milhares de mortes evitáveis anualmente. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira, em Luanda, pelo secretário de Estado para a Saúde Pública, Pinto de Sousa, estima-se que cerca de oito mil angolanos perdem a vida todos os anos em consequência do consumo excessivo de produtos derivados do tabaco.
A declaração foi feita durante uma sessão pública sobre os riscos do tabagismo, onde o governante reforçou a necessidade de medidas mais eficazes para combater o vício e os seus impactos na sociedade. Pinto de Sousa destacou que o número de vítimas é alarmante e que o tabaco figura entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, respiratórias e vários tipos de cancro.
O secretário de Estado alertou ainda que os efeitos do tabagismo não se limitam apenas aos consumidores diretos. “O fumo passivo continua a afetar crianças, idosos e outros grupos vulneráveis, que acabam expostos sem escolha”, sublinhou.
Em resposta a esse cenário preocupante, o Governo tem vindo a reforçar campanhas de sensibilização e a considerar novas políticas de restrição à venda e consumo do tabaco, sobretudo em espaços públicos.
Especialistas da área da saúde defendem a implementação de medidas mais rígidas, como o aumento de impostos sobre os cigarros, a proibição da publicidade e o fortalecimento dos programas de cessação do tabagismo.