
A Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA) anunciou um reajuste de 36% no preço dos fretes, devido ao aumento dos custos com o combustível, especialmente o gasóleo.
Segundo o presidente da associação, António Gavião, o aumento tem como objetivo compensar o impacto da subida do preço do litro de gasóleo, que passou de 200 para 300 kwanzas. Esta alteração provocou um aumento significativo nas despesas anuais das empresas. Por exemplo, para uma frota de cinco camiões, os custos subiram de 38 milhões de kwanzas em 2024 para 57 milhões em 2025, um acréscimo de 19 milhões de kwanzas.
Destinos frequentes como Luvo e Noqui já refletem o aumento. O frete para Luvo subiu de 1 milhão e 100 mil para 1 milhão e 500 mil kwanzas, enquanto o transporte para Noqui passou de 1 milhão e 200 mil para 1 milhão e 600 mil kwanzas.
A ATROMA alertou que os custos serão inevitavelmente repassados ao consumidor final, tendo Gavião afirmado que “sob o ponto de vista contabilístico, é inevitável que esses aumentos impactem os preços ao consumidor”.
Apesar do cenário, a associação garantiu que, para já, não estão previstas restrições na operação do transporte de mercadorias. No entanto, não descarta uma eventual redução de actividades ou mesmo paralisação, caso haja novas imposições por parte das autoridades.