Os efetivos do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) no município do Nzeto, província do Zaire, intensificaram a vigilância contra a entrada ilegal de cidadãos estrangeiros no país. A informação foi dada pelo superintendente de Migração, Lourenço Cabral, durante uma reunião dos membros dos órgãos que intervêm na Administração da Justiça, realizada na sexta-feira.
Lourenço Cabral reconheceu que a situação no Nzeto é preocupante, embora sob controlo das autoridades locais. Ele explicou que o município se tornou um “corredor livre” utilizado por estrangeiros para chegar a Luanda, frequentemente com a ajuda de cidadãos nacionais. De acordo com o superintendente, a desativação dos postos de controlo em Fulanguvo, Kungua Passe e nas 12 pontes fez com que muitos imigrantes ilegais passassem a optar por entrar pelo Nzeto.
“Chegam ao Nzeto com o propósito de fazer negócio, mas o verdadeiro objetivo é atingir, ilegalmente, a cidade capital”, afirmou Cabral, destacando que o SME está atento e pronto para frustrar essas tentativas.
Lourenço Cabral também ressaltou a necessidade de reativar os postos de controlo na Estrada Nacional que liga Luanda ao Zaire. Ele afirmou que, apesar da presença de um ponto de fiscalização no Rio Loge, na Musserra, a vigilância não é suficiente para cobrir toda a região.
O superintendente de Migração informou que o SME e outras forças de Defesa e Segurança têm conhecimento dos novos “modus operandis” utilizados pelos imigrantes ilegais e seus cúmplices nacionais. Ele garantiu que as autoridades continuarão vigilantes e comprometidas em impedir a entrada ilegal de estrangeiros no país. “Vamos continuar atentos às manobras. E, para dizer, também, que, aqui no Nzeto, a reação não passará”, afirmou.
Atualmente, a Estrada Nacional Zaire/Luanda, que anteriormente contava com cinco postos de controlo, encontra-se com a maioria dessas estruturas desativadas, o que tem dificultado a fiscalização efetiva da área.