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Seis irmãos em Luanda, no município do Camama, vivem uma situação angustiante após a morte do pai e o desaparecimento da mãe. Eles lutam para reivindicar a casa deixada por seu progenitor, que se encontra sob a posse de um inquilino guineense, Ela Baldé. A disputa por este imóvel, arrendado em 2011, está longe de ser resolvida e se transformou em um verdadeiro embate jurídico.
A história começou quando David Fungula, o pai da família, decidiu alugar sua residência a Baldé, um cidadão da Guiné Bissau. O contrato de arrendamento, firmado por três anos, previa um pagamento de 3.000 dólares, referente ao primeiro ano, além de benfeitorias que Baldé realizou no imóvel.
Após o término do contrato em 2014, Baldé permaneceu na casa sem renovação formal do acordo, desafiando a ordem de desocupação. Durante este período, acumulou um débito de 15 meses de aluguel, que permanece sem pagamento. Ismael Fungula, um dos filhos de David, relata que tentativas de resolução foram feitas através do Centro de Resolução Extrajudicial de Litígios (CREU), mas o inquilino ignorou as notificações.
A situação dos irmãos é agravada pela incerteza e pela falta de recursos para prosseguir com a disputa legal. Eles veem a casa não apenas como um bem material, mas como um legado familiar que simboliza suas raízes e memórias. A luta pela propriedade se intensifica, refletindo não apenas uma batalha legal, mas também um profundo desejo de manter a unidade familiar em tempos difíceis.