A Carolina do Sul executou Richard Moore, um homem negro condenado por um júri exclusivamente branco pelo assassinato de um caixa de uma loja de conveniência em 1999, apesar de um forte apelo para a comutação de sua pena.
Richard Moore, de 59 anos, foi declarado morto às 18h24 locais (22h24 em Lisboa) na sexta-feira, após ser condenado pelo assassinato de um caixa da loja de conveniência de Spartanburg, em setembro de 1999, e sentenciado à morte dois anos depois.
Moore entrou na loja desarmado, tomou a arma da vítima quando esta estava apontada para ele e atirou fatalmente no peito do caixa, enquanto este disparava contra si, atingindo-o no braço com uma segunda arma.
Os advogados de Moore pediram ao governador republicano Henry McMaster que reduzisse a sentença para prisão perpétua sem liberdade condicional, invocando o histórico impecável de Moore na prisão e sua disposição de ser um mentor para outros presos. Eles também argumentaram que seria injusto executar alguém pelo que poderia ser considerado legítima defesa e, além disso, destacaram que Moore, sendo negro, foi o único preso no corredor da morte do estado condenado por um júri sem nenhum afro-americano.
No entanto, McMaster recusou-se a conceder clemência. Nenhum governador da Carolina do Sul reduziu uma pena de morte, e já foram realizadas 45 execuções no estado desde que o Supremo Tribunal dos EUA permitiu que os estados reiniciassem as execuções há quase 50 anos.