
A proibição de importações de produtos alimentares de origem animal, anunciada pelo Ministério da Agricultura e Florestas, levanta preocupações significativas sobre a segurança alimentar em Angola. A medida, que se estende até 31 de julho, abrange aves, suínos e bovinos, e suspende a emissão de licenças para importação de miudezas e partes desses animais, com o intuito de incentivar a produção nacional.
Embora a AAPA reconheça a importância da iniciativa, a associação enfatiza que ela não é suficiente para atender à demanda da população, especialmente nas regiões mais vulneráveis. Num comunicado de imprensa, a AAPA destacou que, sem uma estratégia sólida e devidamente financiada para fortalecer a capacidade produtiva interna, a proibição pode exacerbá-la fragilidade do mercado.
A AAPA alerta que a restrição das importações, sem garantias de aumento imediato e sustentável na produção local, poderá resultar em desabastecimento e elevação dos preços, afetando diretamente as famílias e pequenos comerciantes. A associação se manifesta disposta a colaborar com o Governo para encontrar soluções que promovam a produção nacional sem comprometer o abastecimento imediato.
A situação destaca a necessidade urgente de um plano abrangente que assegure tanto o fortalecimento da produção interna quanto a segurança alimentar da população, evitando assim a potencial crise que pode surgir com a proibição das importações.