O professor universitário e cientista político Arsénio Cuco destacou como “grande novidade” nas eleições realizadas em 9 de outubro em Moçambique o desempenho do partido Podemos, que apoia Venâncio Mondlane. A sigla relegou a Renamo, o maior partido de oposição, para o terceiro lugar, um feito inédito no cenário político do país.
Cuco considerou que a posição desfavorável da Renamo nestas eleições representa uma punição e atribuiu o crescimento de Mondlane ao seu trabalho notável durante o processo eleitoral. Ele acredita, contudo, que o período pós-eleitoral pode ser marcado por tensões. Mondlane já pediu protestos caso o processo não seja considerado justo, livre e transparente.
O professor manifestou receio de que os resultados definitivos possam provocar um contencioso eleitoral, resultando em possíveis episódios de violência generalizada.
A Comissão Eleitoral anunciou que Daniel Chapo, candidato presidencial apoiado pela Frelimo, o partido no poder, venceu as eleições gerais em Maputo, capital do país. Chapo obteve 53,68% dos votos válidos, enquanto a Frelimo conquistou 57,78% dos votos nas legislativas, elegendo 13 deputados à Assembleia da República.