A produção da mina de Catoca em 2024 está estimada em 6,53 milhões de quilates, representando apenas 49,4% da produção total de diamantes prevista para o ano, segundo dados da Endiama. Esse valor está 1,1 milhões de quilates abaixo do estabelecido no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), devido a desafios como modernização das centrais de tratamento, falta de equipamentos, escassez de mão de obra qualificada e peças de reposição.
Por outro lado, a mina do Luele prevê produzir 5,86 milhões de quilates, superando em 36% a meta do PDN, destacando-se como o segundo maior contribuinte com 44% da produção nacional. Juntas, Catoca e Luele respondem por mais de 93% da produção nacional, criando desafios relacionados à concentração produtiva em apenas dois projetos.
Outras minas, como Chitotolo (337 mil quilates), Cuango (293 mil quilates) e Somiluana (196 mil quilates), ficaram abaixo das metas previstas no PDN. A produção artesanal contribuiu com cerca de 899 mil quilates.
A produção total estimada para 2024 é de 13,2 milhões de quilates, mas a Endiama prevê que o número real fique em torno de 11,5 milhões, 21% acima de 2023. Para 2025, espera-se um crescimento de mais de 30%, alcançando 15,13 milhões de quilates, impulsionado pela recuperação da Catoca e o crescimento da Luele.
A empresa projeta uma receita bruta de 2,27 mil milhões USD com base em um preço médio de 150 USD/qlt e planeja reativar operações no kimberlito de Sangamina. Também estão previstas inaugurações e reativações de fábricas de lapidação como a Robust Diam, Kapu Gems e uma unidade 100% detida pela Endiama, reforçando o compromisso de agregar valor localmente.