Nos últimos quatro anos, João Lourenço, Presidente da República, tem utilizado uma estratégia controversa ao confrontar publicamente membros do seu governo sobre confissões feitas em privado. Essa abordagem visa, segundo fontes do *Club-K*, combater intrigas internas no regime do MPLA, mas tem gerado desconforto e embaraço entre os subordinados.
Um exemplo ocorreu em 2020, quando Lourenço expôs o então ministro Manuel Augusto, obrigando-o a repetir críticas feitas sobre o veterano Dino Matross. Situações semelhantes envolveram outros membros do regime, como Lopes Paulo e Exalgina Gambôa, que, após embaraços públicos, acabaram exonerados.
Essa prática tem dividido opiniões dentro do MPLA. Enquanto alguns veem nela uma tentativa de resolver conflitos internos, outros consideram que expõe os envolvidos e cria um ambiente de desconfiança no partido.