
O PRA-JA Servir Angola não pretende permanecer na oposição por 50 anos. A afirmação foi feita pelo secretário-geral adjunto para os Assuntos Constitucionais e Eleitorais do partido, Florêncio Kanjamba, durante um seminário metodológico regional destinado a capacitar delegados e órgãos intermédios para o fortalecimento da atuação política.
Florêncio Kanjamba, um dos sete deputados que renunciaram à Bancada Parlamentar da UNITA para integrar o PRA-JA, enfatizou que a meta do partido é estruturar-se como uma organização com vocação para o poder. “Alguns partidos políticos na oposição acomodaram-se nos seus lugares, mas o PRA-JA não pretende seguir esse caminho. Estamos a trabalhar para ser Governo ou parte dele em 2027”, garantiu.
Os secretários provinciais do partido na Huíla e em Benguela reafirmaram o compromisso de consolidar a estrutura do PRA-JA e ampliar a sua base de apoio, utilizando as ferramentas adquiridas no seminário para alcançar os objetivos traçados.
Por sua vez, o coordenador do partido, Abel Chivukuvuku, anunciou que o congresso constitutivo do PRA-JA será realizado entre setembro e outubro de 2025, mas poderá ser convocado já em março deste ano, por imperativo legal. “Durante o mês de março, vamos convocar o congresso. Para todas as evidências, tem que ser este ano”, declarou Chivukuvuku em entrevista a um canal televisivo português.
O líder político revelou ainda que o PRA-JA tem registado um nível de adesão surpreendente, o que reforça a necessidade de uma reestruturação interna e a definição do formato da Frente Patriótica Unida, aliança que visa fortalecer a oposição e desafiar o atual poder político em Angola.