
Lindo Bernardo Tito, destacado membro do PRA-JA Servir Angola, rompeu o silêncio e apontou o dedo ao presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, acusando-o de ser o mandante dos constantes ataques públicos contra Abel Chivukuvuku. Segundo Tito, há uma rede de activistas residentes no Brasil e em países da Ásia que actuam como “milícias digitais” a mando de ACJ, com o objectivo de denegrir a imagem do líder do PRA-JA.
A polémica ganhou força com declarações de Ana Filomena Domingos, ex-militante da UNITA expulsa durante a liderança de ACJ, que afirmou que “a FPU acabou” e que ACJ “só é seguido por quem não o conhece ou por quem ele paga”.
O activista Yared Bumba também entrou na discussão, revelando que esses supostos militantes digitais recebem mensalmente 800 mil kwanzas para difamar adversários políticos. Yared criticou duramente a desunião entre os partidos da oposição, lembrando que a verdadeira luta deveria ser contra o MPLA, no poder desde a proclamação da independência a 11 de Novembro de 1975.
As acusações lançam mais lenha na fogueira da tensão interna na oposição angolana, num cenário cada vez mais marcado por rivalidades e trocas de acusações públicas.