
O Tribunal de Comarca de Malanje condenou, esta quinta-feira, Júlio Vicente Germano, também conhecido por “Manucho”, e Bernardo Magalhães, de nome de guerra “Chinho”, a penas de 35 anos de prisão, pelos crimes de homicídio qualificado e roubo com recurso a arma de fogo.
Júlio Germano, terceiro subchefe da Polícia Nacional, estava colocado no Departamento de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP) e exercia também funções como chefe do Núcleo de Investigação de Ilícitos Penais na esquadra da Canambua, em Malanje. Juntamente com o comparsa, foi responsabilizado pela morte de cinco moto-taxistas no ano passado.
Segundo o tribunal, os crimes ocorreram em vários bairros da cidade, incluindo Vila Matilde, Auto-Guiné, Pimpão, Carreira de Tiro, Maxinde e Quizanga. O modus operandi dos arguidos consistia em fazer-se passar por passageiros. Durante o percurso, levavam as vítimas a zonas isoladas, onde as executavam e roubavam as motorizadas.
As motas escolhidas eram geralmente novas ou em bom estado de conservação e eram revendidas nas províncias do Cuanza-Sul e Bié, por valores entre 200 mil e 400 mil kwanzas.
Na posse dos condenados, foram apreendidas três pistolas Jericho, cada uma com carregadores de 24 munições, além de telemóveis, faturas e termos de compra e venda das motorizadas roubadas.
O caso causou forte comoção na província de Malanje, pela gravidade dos crimes e pela participação de um agente da Polícia Nacional com funções de investigação.