
O Procurador-Geral da República do Brasil, Paulo Gonet, rejeitou os argumentos da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro relacionados à sua suposta participação em uma conspiração para um golpe de Estado. Gonet defendeu que os envolvidos devem ser julgados, conforme noticiado pela Lusa.
Na comunicação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Procurador-Geral afirmou que a denúncia detalha minuciosamente os atos delituosos e as circunstâncias de cada um dos denunciados. Ele enfatizou que a conduta criminosa de cada envolvido foi claramente exposta.
A acusação sustenta que Bolsonaro e outros conspiradores tentaram impedir a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, após a derrota nas eleições de 2022. Segundo a denúncia, eles incentivaram o ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro vandalizaram os prédios do STF, do Parlamento e da sede do Executivo, buscando criar caos e exigir que as Forças Armadas derrubassem o novo governo.
Além disso, Gonet se opôs ao pedido da defesa para que o julgamento fosse realizado no plenário, com a participação dos onze juízes do STF, em vez de apenas pelos cinco integrantes da Primeira Turma, como determina o regimento interno.
Após a resposta do Procurador-Geral, o juiz relator do caso no STF, Alexandre de Moraes, fará uma análise final para decidir se aceita as alegações da defesa e se instaura o processo criminal contra Bolsonaro e os demais acusados.