
Sete pescadores angolanos que estavam presos na República do Gabão desde 2023, acusados de violar a fronteira marítima e praticar pesca ilegal em águas gabonesas, foram finalmente libertos e regressaram ao país, sendo acolhidos com grande emoção pelas suas famílias no aeroporto de Cabinda.
A operação de repatriamento foi conduzida pela Força Aérea Nacional, que enviou uma aeronave à capital gabonesa, Libreville, para resgatar os cidadãos: Pedro Sambo Púcuta, Emanuel Comprido Pedro, Gomes Barros, Estevão António, António Francisco Manuel, Emílio Mangovo e Passi Leonardo.
O avião aterrou no aeroporto Maria Mambo Café, em Cabinda, às 18h40, onde os pescadores foram calorosamente recebidos pela governadora provincial, Suzana de Abreu, que, em breves palavras, desejou boas-vindas ao solo pátrio e encorajou os cidadãos a evitarem situações semelhantes no futuro.
Os sete pescadores tinham sido detidos em 2023 pelas autoridades gabonesas, que não aceitaram a justificativa de avaria na embarcação, alegada pelos angolanos como motivo da entrada não intencional em águas estrangeiras. Devido à reincidência no acto e à falta de documentação legal para pesca naquela região, os mesmos foram julgados e condenados a uma pena superior a um ano de prisão.
A sua libertação resulta de esforços diplomáticos entre os governos de Angola e do Gabão, num processo que envolveu contactos sensíveis e prolongados. A chegada dos pescadores marca o fim de um capítulo doloroso para as famílias, que durante mais de um ano aguardaram ansiosamente pelo seu regresso.
Fontes locais indicam que os pescadores passarão agora por uma avaliação médica e psicológica antes de retomarem às suas rotinas normais.