
As Palancas Negras voltam hoje ao trabalho, às 17h00, no campo da Academia de Futebol de Angola (AFA), onde intensificam a preparação para aplicar o golpe fatal aos Crocodilos, no duelo de sábado, referente à segunda mão da última eliminatória de apuramento ao CHAN.
O triunfo de 2-0 conseguido no reduto do Lesotho abriu uma vantagem considerável rumo à fase final da Taça Africana das Nações, a ser disputada de 1 a 28 de fevereiro no Uganda, Tanzânia e Quénia.
O combinado angolano confirmou o seu poderio e o grande momento de forma, desta vez, numa versão dedicada aos girabolistas, sustentando assim o estatuto da seleção nacional que mais partidas oficiais venceu no ano de 2024.
A vitória no sábado passado foi histórica. Os movimentos do relógio aguçam o desejo de arrumar a eliminatória na recepção ao Lesotho. O grupo treinou ontem à tarde na AFA, numa sessão focada na recuperação das mazelas pós-jogo.
A quinta presença na próxima edição do CHAN anima todos os atletas, que além da pretensão de qualificar Angola, também alimentam a ambição de deixar boas indicações ao treinador, de modo a que, num futuro breve, consigam estar entre os escolhidos na operação Mundial 2026 a ter lugar nas Américas.
FLASHBACK DOS PRIMEIROS 90 MINUTOS
No encontro de sábado último, disputado na cidade de Durban, África do Sul, no Estádio Moses Mabhida, à margem do Oceano Índico, as Palancas Negras revelaram novamente a sua superioridade diante dos Crocodilos. Numa primeira parte quase de sentido único, os angolanos dominaram claramente o adversário, realizando várias investidas à baliza contrária.
Os pupilos de Pedro Gonçalves procuraram resolver o jogo nos primeiros minutos do duelo. No onze inicial, notou-se a presença de sete atletas do Petro de Luanda: Kinito, Vidinho, Hossi, Eddie Afonso, Megue, Pedro Bondo e Jaredi, que alinharam ao lado do guarda-redes e capitão Neblu, Kaporal, Dabanda e Além.
Com o intuito de adiantar-se no marcador, numa jogada de insistência, o médio do Petro, Megue, aproveitou um corte defeituoso na área adversária para colocar Angola em vantagem. O remate parou apenas no fundo das redes do Lesotho, aos 16 minutos da primeira parte.
A motivação das Palancas Negras cresceu. Kaporal, atual melhor marcador do Girabola com 13 golos, viu a necessidade de justificar o estatuto de goleador. Para isso, precisou apenas de cinco minutos. Aos 21, o atacante do Wiliete de Benguela subiu ao edifício mais alto de Durban e, de cabeça, assinou o segundo tento do combinado nacional, no seu regresso à seleção.
A confiança está em alta, e o trabalho dos estatísticos da FIFA pode continuar a registar os triunfos. Além de ser o conjunto com mais vitórias no presente ano civil, as Palancas Negras ambicionam subir posições no Ranking da FIFA, animando ainda mais a equipe sob o comando de Pedro Gonçalves.