O Partido PADDA-Aliança Patriótica, liderado por Alexandre Sebastião André, decidiu oficialmente romper com a coligação CASA-CE, argumentando que alguns membros daquela plataforma política não contribuem para o cumprimento dos objetivos estabelecidos na sua fundação. O anúncio foi feito durante uma assembleia realizada em Luanda, no dia 3 de maio.
Segundo Alexandre Sebastião André, mais conhecido por ASA, o partido pretende concorrer de forma independente nas eleições de 2027 e planeia um processo de rejuvenescimento interno, que inclui a transição da liderança para uma nova figura. “Queremos que o partido tenha um novo presidente, pode ser um jovem ou mais velho, mas que não seja mais Alexandre Sebastião André”, declarou o líder, que pretende dedicar-se à escrita das suas memórias.
A decisão de abandonar a CASA-CE ocorre num contexto de reconfiguração do cenário político angolano, onde o PADDA terá de enfrentar o desafio de conquistar o apoio popular de forma independente, num mercado político cada vez mais competitivo. Muitos questionam se o partido terá a capacidade de alcançar resultados expressivos, como os obtidos pela CASA-CE em 2012 e 2017, quando liderada por Abel Chivukuvuku.
Fontes internas do partido revelam que o PADDA tem vindo a atrair novos militantes e coordenadores de outros projetos políticos, incluindo o MODA (Movimento Democrático Angolano), liderado pelo jornalista Caxala Neto, que está em processo de reintrodução ao Tribunal Constitucional.
A saída de Alexandre Sebastião André da liderança do partido também levanta questões sobre quem será o próximo líder do PADDA. A expectativa é que o próximo conclave do partido, ainda sem data definida, traga respostas e defina a estratégia para as eleições de 2027.
Com o mercado político em Angola cada vez mais dinâmico e a ascensão de novos partidos, o PADDA terá de trabalhar arduamente para garantir visibilidade e relevância, enquanto outros projetos políticos, como o Partido Liberal de Luís Euclides de Castro e o PRA-JA Servir Angola de Abel Chivukuvuku, também se posicionam para disputar espaço nas próximas eleições.
