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A situação em Goma, na República Democrática do Congo, atingiu um ponto crítico após intensos combates que resultaram em um elevado número de vítimas. A ONU destacou a urgência da reabertura do aeroporto local, considerado essencial para a assistência humanitária na região. Em uma declaração publicada em sua conta na rede social X, Lemarquis enfatizou que o aeroporto é uma “tábua de salvação” e apelou a todas as partes envolvidas para que tomem medidas imediatas.
Com um grande número de feridos necessitando de atendimento médico urgente, as instalações de saúde estão sobrecarregadas. Segundo Lemarquis, sem a operação do aeroporto, a evacuação de feridos graves e a entrega de suprimentos médicos estão paralisadas, colocando mais vidas em risco.
O cessar-fogo declarado pelo grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23) entra em vigor esta terça-feira, após a tomada de Goma em 27 de janeiro. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) informou que cerca de 900 pessoas morreram em Goma e arredores devido aos combates, embora o governo congolês tenha estimado que 2.000 corpos já foram enterrados na área.
A situação é agravada por alegações mútuas entre o Ruanda e o M23, que acusam o exército congolês de colaborar com grupos armados que atuam no país. Desde 1998, a região leste da RDC está em conflito contínuo, exacerbado pela presença de diversas milícias e pela luta pelo controle de recursos naturais.
A ONU reiterou que a sobrevivência de milhares de civis depende da reabertura imediata do aeroporto, permitindo a entrega de ajuda e a recuperação de feridos. A comunidade internacional observa com preocupação a escalada da violência e suas consequências humanitárias.