
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a taxa de letalidade da cólera em Angola, que se aproxima dos 10%, considerada elevada. O surto já causou 19 mortes e 224 casos notificados, com a maioria das vítimas sendo de “comunidades”, ou seja, pessoas que não procuraram tratamento médico de forma oportuna.
O Oficial de Emergência da OMS em Angola, Walter Firmino, destacou a resposta do Governo angolano, que, desde o primeiro caso identificado no bairro Paraíso, em Luanda, mobilizou equipas rápidas e criou centros de tratamento. As províncias de Luanda, Bengo e Icolo e Bengo são as mais afetadas, e as autoridades ativaram planos de vigilância epidemiológica em todo o país.
Surtos de cólera são comuns em áreas com condições sanitárias precárias, como o bairro Paraíso, que se tornou o epicentro da doença. A OMS também apontou que as chuvas intensas agravaram a situação. Firmino sublinhou que a resposta não depende apenas do Ministério da Saúde, mas também de outros ministérios, como os da Energia e Águas e do Ambiente, para garantir o fornecimento de água potável.
Embora Angola tenha solicitado vacinas à OMS, o número de doses disponíveis é limitado. A principal recomendação da OMS continua sendo a prevenção, com medidas como o tratamento da água, manutenção de higiene e a prática de saneamento básico.