
O congresso extraordinário do MPLA, realizado de 16 a 17 de dezembro, foi marcado por mudanças estatutárias e trocas de cargos, mas falhou em apresentar soluções concretas para a crise socioeconômica de Angola. Sem propostas para criar empregos ou combater a fome, o partido priorizou a autopreservação, promovendo figuras já associadas à incompetência.
O evento destacou-se como uma “feira de vaidades”, com aplausos para João Lourenço e ausência de reformas democráticas internas, mantendo obscura a candidatura à presidência do partido e da República.
Enquanto a população enfrenta fome e desemprego, as políticas econômicas continuam a beneficiar elites próximas ao poder, ignorando o bem-estar coletivo. A militarização do governo e o enfraquecimento das instituições criam um clima de insegurança, agravado pela desmoralização nas Forças Armadas e Polícia Nacional.
João Lourenço, cada vez mais impopular, enfrenta críticas pela falta de reformas, pela gestão autoritária e pela incapacidade de reorganizar o país. Com o fim de seu mandato em 2027, restam dúvidas sobre sua continuidade no poder e a viabilidade de mudanças reais em Angola.