
O Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) admitiu três candidaturas para a presidência da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), incluindo a do presidente cessante, Manuel Pereira da Silva. As outras duas candidaturas são de Rosalino Domingos e Amélia Cristina Ernesto Messo e Tyova, sendo esta última a única mulher na disputa.
A candidatura de Alexandre Albano Júlio foi excluída por não atender aos requisitos legais e do regulamento do concurso. A candidatura de Manuel Pereira da Silva, que busca a recondução, está cercada de polêmicas e gera inquietação entre partidos políticos e setores da sociedade, devido a alegações de graves irregularidades no processo eleitoral de 2027, que, segundo a oposição, resultaram em resultados fraudulentos.
Para muitos analistas, o concurso curricular para a presidência da CNE é percebido como uma “operação de charme”. Há a expectativa de que Manuel Pereira da Silva seja o vencedor, o que reforçaria o controle do MPLA sobre a comissão eleitoral. Essa situação levanta preocupações sobre a transparência e a integridade do processo eleitoral em Angola, especialmente em um contexto onde a oposição clama por reformas significativas.
A continuidade de Pereira da Silva à frente da CNE pode impactar a confiança da população nas próximas eleições e na legitimidade dos resultados.