Pelo menos três camponesas morreram recentemente após a demolição das suas residências por uma força mista composta por efetivos da Polícia Nacional, Forças Armadas Angolanas, Bombeiros e fiscais da Administração Municipal de Talatona. O caso envolve uma disputa de terras entre supostos oficiais superiores e camponesas ligadas à empresa “Konda Marta”.
Daniel Neto, porta-voz das camponesas e Tenente-Coronel das FAA, denunciou que as vítimas vivem em condições desumanas, sem abrigo ou sustento, após perderem suas casas e igrejas demolidas. Neto, que ficou detido por mais de sete meses e foi libertado recentemente, acusa autoridades de usarem instituições estatais para beneficiar interesses pessoais.
O diretor-geral da “Konda Marta” rejeita conflitos com o Estado, apontando a ação como obra de oportunistas com ligações ao Governo. Ele acredita que, com a saída de figuras envolvidas na disputa, a situação pode ser normalizada, pedindo intervenção institucional para proteger as camponesas.
A polêmica continua a gerar críticas e pedidos de justiça, enquanto o caso expõe alegações de abusos de poder e violações de direitos humanos.