
O chefe da Direcção dos Serviços Penitenciários do Estado-Maior General das FAA, tenente-general Baptista Sozinho “Suzi”, apontou a modernização e a eficácia do sistema prisional militar entre as principais reformas registadas nos últimos anos. O responsável castrense destacou que as Forças Armadas Angolanas (FAA) continuam preocupadas com a melhoria das condições de trabalho do efectivo e dos reclusos, além da necessidade do reforço dos equipamentos técnicos e meios de transporte.
Ao intervir na comemoração central do Natal antecipado dos reclusos militares, testemunhado pelo comandante da Região Militar Centro (RMC), tenente-general Simão Carlitos “Wala”, Baptista Sozinho sublinhou que a escassez de recursos financeiros tem adiado o sonho de tornar o Serviço Penitenciário Militar num órgão completamente equipado com meios técnicos e tecnológicos modernos, para ombrear com as demais instituições nacionais e internacionais vocacionadas à reeducação da população penal.
O oficial general ressaltou a importância de continuar a trabalhar com maior rigor e sentido de responsabilidade, para que a missão do Serviço Penitenciário Militar seja realizada de forma exemplar. Ele destacou o empenho, a dedicação e a determinação deste serviço na execução das penas e medidas privativas de liberdade impostas pelos órgãos competentes da Justiça Militar, que dão indicadores de um futuro melhor.
Baptista Sozinho enfatizou que de nada valem os presídios militares se eles não tiverem à frente militares e trabalhadores civis qualificados e capazes de traduzir na prática os desafios da modernização e da eficácia do sistema penitenciário militar, a ponto de orgulhar a todos.
A festa de Natal ficou marcada pela soltura, para liberdade condicional, do 3º subchefe da Polícia Nacional Luciano Gonçalves e do 1º cabo das Forças Armadas Angolanas Bernardo Julião, pela conduta exemplar que têm demonstrado nos últimos anos. A esse respeito, o tenente-general Baptista Sozinho “Suzi” esclareceu que a liberdade condicional contemplou apenas reclusos que se comportam de forma digna e se destacam em actividades internas e externas promovidas pelo presídio.
O lema da celebração, “Sobre os desígnios do espírito natalício celebremos o Natal do recluso com humanismo”, demonstra bem a preocupação do Comando Superior das FAA e do Serviço Penitenciário Militar com a transformação do recluso de simples objecto do crime para detentor de direitos que devem ser levados em consideração por todos os actores nos distintos níveis da sociedade.
Estiveram igualmente presentes no acto de confraternização o director dos Serviços Prisionais da Delegação do Ministério do Interior na província do Huambo, comissário-prisional José Celestino, magistrados judiciais e do Ministério Público do fórum cível e militar, membros do Governo, autoridades religiosas e tradicionais, além dos familiares da população penal.