Após a morte de dois apoiantes do candidato do partido Podemos, Venâncio Mondlane, uma manifestação em Maputo, realizada nesta segunda-feira, 21, degenerou em confrontos violentos. A manifestação visava repudiar o assassinato de Elvino Dias, advogado, e Paulo Guambe, mandatário, ocorridos na semana anterior.
Segundo os relatos da imprensa moçambicana, a polícia respondeu com força, utilizando balas de borracha, gás lacrimogéneo e disparos para o ar. Em resposta, manifestantes, que se reuniram em grande número, arremessaram pedras e objetos contra as forças policiais, com os confrontos iniciando logo no começo do protesto, por volta das 08:00 locais.
Apesar dos avisos prévios da polícia sobre a repressão de eventuais distúrbios, os manifestantes liderados por Mondlane, que se declarou vencedor do pleito logo após o fechamento das urnas em 9 de outubro, seguiram com os protestos. Oficialmente, Daniel Chapo, da Frelimo, continua à frente da contagem.
Cartazes na manifestação pediam a libertação de Moçambique das mãos da Frelimo, o partido que governa o país desde a independência em 1975. A morte dos dois membros do Podemos tem sido relacionada à declaração antecipada de vitória de Mondlane.