Moçambique está a realizar, nesta quarta-feira, 09 de outubro, as suas sétimas eleições gerais desde a independência, onde mais de 17,5 milhões de eleitores escolherão o próximo Presidente da República, deputados e membros das assembleias regionais. Este ato eleitoral marca o fim do segundo e último mandato constitucional de Filipe Nyusi, atual Chefe de Estado.
Apesar de alguns atrasos registados no início da votação e de detenções devido a perturbações, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) avalia positivamente o processo, destacando que a situação foi rapidamente normalizada. As urnas abriram às 07:00 (06:00 em Luanda) e permanecerão operacionais até às 18:00.
Os principais candidatos à presidência incluem Daniel Chapo (Frelimo), Ossufo Momade (Renamo), Lutero Simango (Movimento Democrático de Moçambique), e Venâncio Mondlane (Podemos). As eleições são vistas como as mais competitivas dos últimos tempos, com a possibilidade de uma redução significativa da margem de vitória da Frelimo, partido que governa desde a introdução do multipartidarismo.
Além de eleger o próximo Presidente, os moçambicanos irão escolher 250 deputados e representantes para as assembleias provinciais. O pleito decorre num contexto de desafios económicos e de insegurança, principalmente na província de Cabo Delgado, afetada por insurgências desde 2017. A estabilidade e o desenvolvimento do país estão entre os temas centrais das campanhas eleitorais.
Os resultados preliminares poderão levar até 15 dias para serem anunciados, caso não haja segunda volta, e o Conselho Constitucional será responsável por validar os resultados oficiais.