Os médicos de São Tomé e Príncipe começaram hoje uma greve por tempo indeterminado em busca de melhores condições de trabalho e abastecimento de medicamentos e consumíveis, essenciais para garantir os serviços mínimos. Benvinda Vera Cruz, secretária-geral do Sindicato dos Médicos (Simede), afirmou que a adesão à greve é de 100%, ressaltando a falta de recursos que compromete a missão dos profissionais de saúde.
Após a entrega do pré-aviso de greve, que ocorreu há sete dias, dois encontros com a ministra da Saúde, Ângela Costa, não resultaram em um acordo que pudesse suspender a paralisação. A presidente do sindicato expressou a disposição da classe para negociar e suspender a greve se forem atendidas as demandas.
O Primeiro-ministro Patrice Trovoada reconheceu a greve, mas afirmou que o Ministério do Trabalho informou ao sindicato que o pré-aviso não cumpria os requisitos legais, indicando que o governo não se pronunciará sobre a situação. Os médicos alegam que o governo não cumpriu diversos memorandos de entendimento assinados anteriormente, que não previam aumentos salariais, mas exigiam melhorias nas condições de trabalho, segurança e fornecimento de insumos médicos.