
O Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) decidiu reeleger Manuel Pereira da Silva para o cargo de presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE). A escolha foi feita com base em uma avaliação de três candidaturas, onde Pereira da Silva obteve a maior pontuação, somando 91 pontos. As outras candidatas, Rosalina Miguel Domingos e Amélia Cristina Ernesto, ficaram com 48 e 33 pontos, respectivamente.
O CSMJ justificou a decisão afirmando que Pereira da Silva cumpriu todos os requisitos exigidos pelo regulamento, destacando sua experiência na condução de processos eleitorais e sua longa trajetória na magistratura. Após a conclusão do processo de avaliação, o júri apresentou o atual presidente como o vencedor, conforme as normas estabelecidas.
Entretanto, a reeleição não passou despercebida pela oposição. A UNITA, principal partido de oposição, já anunciou sua intenção de impugnar a decisão do CSMJ, citando desconfiança sobre a idoneidade de Pereira da Silva. O partido critica a forma como ele conduziu as eleições de 2022, considerando que houve falhas significativas em seu gerenciamento.
Liberty Chiyaka, líder do Grupo Parlamentar da UNITA, afirmou que a reeleição do atual presidente da CNE é inaceitável, dada a sua atuação durante o último processo eleitoral. Ele reafirmou a determinação da UNITA em contestar a designação e os resultados do concurso, solicitando uma revisão crítica do processo.
A disputa em torno da presidência da CNE evidencia tensões políticas em Angola, com a oposição buscando garantir a transparência e a integridade dos processos eleitorais futuros.