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O grupo rebelde M23, apoiado por forças ruandesas, anunciou um cessar-fogo a partir de 4 de fevereiro de 2025, em resposta à crise humanitária desencadeada pela situação em Kinshasa. O comunicado foi emitido pela Aliança do Rio Congo (AFC-M23), que integra o M23, destacando a intenção de mitigar os impactos da violência na população civil.
Essa declaração surge uma semana após o M23 ter conquistado a estratégica cidade de Goma, na província do Kivu Norte, após intensos combates com o exército congolês. A vitória em Goma trouxe à tona a gravidade da crise, com pelo menos 900 corpos recuperados após os confrontos, segundo informações das Nações Unidas.
O AFC-M23 também assegurou que não tem planos de avançar para Bukavu, a capital do Kivu Sul, apesar da sua recente ofensiva na região. Esta decisão parece visar uma tentativa de estabilização e a melhoria das condições humanitárias, que se deterioraram devido aos conflitos.
Especialistas da ONU alertam que o M23 conta com cerca de 4.000 soldados ruandeses, um número significativamente maior do que o registrado em 2012, quando o grupo capturou Goma pela primeira vez. O M23 se destaca como o grupo rebelde mais poderoso entre os mais de 100 que operam no leste da RDC, uma área rica em minerais essenciais para a tecnologia global.
A situação continua a ser monitorada com preocupação, à medida que as consequências humanitárias da guerra se agravam, exigindo atenção internacional e esforços de mediação para uma resolução duradoura do conflito.