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William Lai Ching-te, líder de Taiwan, expressou que o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos pode ser encarado como uma “oportunidade” em vez de um “desafio”. Esta declaração foi feita durante uma reunião com parlamentares do Partido Democrático Progressista (DPP), conforme relatado pela secretária-geral do grupo legislativo do partido, Rosalia Wu Szu-yao.
Lai convocou os legisladores a adotarem uma perspectiva positiva em relação às possíveis mudanças políticas que podem ocorrer sob a administração Trump, apesar das incertezas que cercam esse retorno. Ele garantiu que as equipes econômicas e de segurança nacional de Taiwan estão “totalmente preparadas” para responder a quaisquer alterações na política dos EUA.
Essas declarações surgem em um ambiente de incerteza sobre o comprometimento de Trump em defender Taiwan, que é governada autonomamente desde 1949 e é considerada pela China como uma província rebelde que deve ser reunificada. Durante seu primeiro mandato, Trump intensificou o apoio militar a Taipé, mas, nos últimos meses, tem criticado a ilha, acusando-a de explorar a indústria norte-americana de semicondutores e sugerindo que Taiwan deve arcar com os custos de sua defesa.
Nesse contexto, Lai, em 14 de fevereiro, expressou sua intenção de buscar uma solução “mutuamente benéfica” com os Estados Unidos, em resposta às ameaças de Trump de impor tarifas sobre os semicondutores taiwaneses, essenciais para gigantes norte-americanos como Nvidia, Apple e AMD. Essa situação ressalta a complexidade das relações entre Taiwan, os EUA e a China, à medida que os líderes buscam equilibrar interesses e estratégias em um cenário geopolítico em constante mudança.