A transformação da Frente Patriótica Unida (FPU) em uma coligação formal tem gerado divisões entre os partidos que compõem a plataforma. Enquanto o presidente do Bloco Democrático (BD) acredita que Adalberto Costa Júnior (ACJ) deve continuar a liderar o projecto, Xavier Jaime, do PRA-JA Servir Angola, defende que Abel Chivukuvuku assuma o comando.
A formalização da FPU pode representar um reforço estratégico ou, pelo contrário, levar à dissolução da plataforma, um cenário que preocupa setores da sociedade que veem na união da oposição uma via para a alternância do poder em Angola. A recente legalização do PRA-JA pelo Tribunal Constitucional trouxe novas incertezas sobre o futuro da FPU, principalmente no que toca à sua liderança e estrutura.
Para ACJ, líder da UNITA, a legalização do partido de Abel Chivukuvuku é um avanço democrático, embora cause estranheza o tempo que levou para ser oficializado. No entanto, o posicionamento dos diferentes partidos pode colocar em xeque a coesão da plataforma e definir os rumos da oposição angolana nos próximos tempos.