A vantagem nacional de Kamala Harris nas sondagens está no ponto mais baixo desde que entrou na corrida, mas a candidata democrata ganhou força em estados decisivos da “muralha azul”, como Michigan, Wisconsin e Pensilvânia.
De acordo com a mais recente sondagem da Marist, Kamala Harris lidera as intenções de voto com 51% contra 48% de Donald Trump no Michigan e 50% contra 48% no Wisconsin. Esta nova pesquisa também dá à democrata vantagem na Pensilvânia, com 50% para 48%, resultado que será crucial para a vitória a 5 de novembro.
No entanto, outras sondagens mostram uma corrida mais empatada na Pensilvânia, enquanto o desvio a favor de Harris no Michigan e Wisconsin parece ser mais decisivo. A sondagem da CNN nestes dois estados mostra Harris a liderar com 49% contra 46%.
A “muralha azul” é um grupo de 18 estados que deram a vitória ao candidato democrata durante décadas e que sofreu uma derrocada em 2016, quando Trump venceu no Michigan, Wisconsin e Pensilvânia.
Nos sete estados decisivos, que incluem Carolina do Norte, Arizona, Nevada e Geórgia, a nova sondagem HarrisX/Forbes dá a Harris a liderança por 49%-48%, o que configura um empate estatístico.
Na Carolina do Norte, que ainda está a recuperar do furacão Helene, a sondagem da Fox News dá Trump com 50% contra 48% de Harris, estando o republicano também com 1 ponto a mais na Geórgia, de acordo com a SSRS.
A Emerson coloca a democrata em vantagem no Nevada por um ponto (48%-47%) e no Arizona é Trump quem está folgado, com 51%-47% na pesquisa CES.
Os analistas ressaltam que estas diferenças são pequenas e, por isso, caem dentro da margem de erro, o que explica porque, mesmo com movimentos para um lado ou para o outro, a corrida continua empatada.
Nas sondagens nacionais, onde Kamala Harris chegou a ter uma vantagem de três a quatro pontos, a corrida apertou de forma significativa. Os agregados dão agora à democrata apenas um ponto a mais que Donald Trump.
A plataforma FiveThirtyEight mostra Harris com 48% e Trump com 46,8%, ambos com um cálculo similar de hipóteses de vencer.
Ainda assim, é de notar que houve uma ligeira redução da vantagem de Donald Trump na vitória, que é determinada pelos votos do colégio eleitoral e não pelo voto popular. O cálculo da plataforma dava ao republicano uma hipótese de ganhar de 54 em 100 e agora dá 51.
Com milhões de pessoas a votarem antecipadamente, os analistas avisam que dificilmente se conhecerá o vencedor na terça-feira, dia da eleição presencial. À semelhança do que aconteceu em 2020, é possível que o processo demore um ou mais dias, tendo em conta também quão renhida é a corrida.