
Democratic Republic Congo's President Joseph Kabila attends the signing ceremony of the Peace, Security and Cooperation Framework for the Democratic Republic of Congo and the Great Lakes, at the African Union Headquarters in Addis Ababa, Ethiopia February 24, 2013. REUTERS/Tiksa Negeri/File Photo
O ex-presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, responsabilizou Félix Tshisekedi pelo agravamento dos conflitos no Leste do país, acusando o seu sucessor de má governação, repressão política e violações dos direitos humanos.
Em um artigo publicado no *Sunday Times*, da África do Sul, Kabila afirmou que a crise na região não pode ser atribuída apenas ao avanço do grupo armado M23, apoiado por Ruanda, mas também à gestão desastrosa de Tshisekedi. O ex-líder congolês denunciou intimidações, prisões arbitrárias, execuções extrajudiciais e o exílio forçado de políticos, jornalistas e líderes religiosos como marcas do atual governo.
Kabila alertou que, desde que Tshisekedi assumiu a presidência em 2019, a situação no país deteriorou-se a um ponto crítico. Ele classificou as eleições de dezembro de 2023 como uma “farsa” e acusou o governo de transformar Tshisekedi no “mestre absoluto do país”, silenciando a oposição.
Além disso, o ex-presidente advertiu que, independentemente do desfecho das negociações entre Kinshasa e Kigali ou da eventual derrota do M23, as violações da Constituição e os massacres contra civis continuarão enquanto Tshisekedi permanecer no poder.