
Em um ambiente de tensão e controvérsia, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, reagiu ao julgamento que o associa a alegações de atos terroristas, afirmando que se trata de uma clara instrumentalização da justiça em Angola. Durante a terceira sessão do processo 109/2025, realizada no Tribunal do Huambo, Costa Júnior expressou seu desdém pelas acusações, classificando o julgamento como uma “brincadeira”.
A audiência ocorreu em um momento simbólico, em que Costa Júnior estava na província do Huambo para comemorar os 59 anos de existência de seu partido. Em seu discurso, ele enfatizou que o julgamento não resultará em consequências significativas, desafiando a credibilidade do processo judicial.
O réu João Gabriel, apontado como líder do grupo acusado de organização terrorista, contrapunha as declarações de Costa Júnior ao afirmar que havia sido manipulado pelo presidente da UNITA para fomentar a subversão, alegando que o partido busca o poder através de meios eleitorais sem sucesso.
Esse caso levanta questões importantes sobre a integridade do sistema judiciário angolano e sua utilização em disputas políticas. Enquanto o julgamento avança, a atenção recai sobre como as autoridades lidam com as alegações de abuso de poder e a resposta da sociedade diante de um cenário tão polarizado.