
A quarta sessão do julgamento dos generais Manuel Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino do Nascimento “Dino”, ocorrida nesta terça-feira, foi marcada por intensas discussões sobre a falta de contraditório na defesa após as respostas do Ministério Público (MP) às questões prévias.
Os generais, juntamente com o advogado Fernando Gomes dos Santos, o cidadão chinês Yiu Haiming e as empresas chinesas International Limited, Utter Right International Limited e Plansmart International Limited, enfrentam acusações sérias, incluindo tráfico de influências, branqueamento de capitais, falsificação de documentos, associação criminosa e abuso de poder.
Durante a sessão, o foco foi nas respostas do MP às questões levantadas pela defesa, que abordaram a possibilidade de levantamento da medida de coação, alegações de falhas na instrução do processo e a solicitação de absolvição dos arguidos, uma vez que, segundo a defesa, já estariam amnistiados.
O advogado Benja Satula expressou a insatisfação da defesa com a rejeição do Tribunal Supremo ao pedido de direito de resposta após as alegações do MP. Ele destacou a importância do princípio do contraditório e defendeu a presença da comunicação social nas sessões, considerando-as de interesse público.
Uma nova sessão de julgamento foi agendada para a próxima segunda-feira, onde se espera que a discussão sobre os direitos da defesa e as acusações continue a ser um ponto central do debate.