O Presidente da República de Angola, João Lourenço, participa esta segunda e terça-feira da cimeira do G20, que acontece na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. A sua agenda inclui propostas concretas para o lançamento de uma aliança global contra a fome e a pobreza, além de destacar a importância da promoção do desenvolvimento sustentável e da transição energética, questões consideradas cruciais no cenário mundial atual.
A participação de João Lourenço na cimeira foi considerada pelo cientista político Eurico Gonçalves como “crucial” para o país, apontando que esta representa um “alívio nítido” para os desafios económicos, sociais e de integração regional e internacional enfrentados por Angola. Gonçalves destacou que os temas abordados no G20 exigem vigilância e ação multilateral, ressaltando que as vertentes política, económica e diplomática são marcas da liderança do Estado angolano. O especialista acredita ainda que o presidente João Lourenço poderá partilhar sua experiência na área da diplomacia da paz com os líderes mundiais presentes.
A participação de Angola na cimeira também é vista como um reconhecimento da transparência governamental, algo que, segundo o cientista político, pode trazer benefícios para o país em diversos níveis e com diferentes parceiros internacionais.
Segurança e Logística no G20
A segurança na cimeira do G20 tem sido um tema de destaque, com várias comitivas internacionais exigindo medidas especiais. A delegação da China, por exemplo, fez exigências de segurança mais rigorosas, solicitando 400 quartos para a comitiva do presidente Xi Jinping, além da presença de cães farejadores e atiradores de elite. As delegações da Rússia e dos Estados Unidos também apresentaram exigências elevadas, especialmente em termos de segurança.
A segurança do evento será garantida por mais de 25 mil agentes das forças armadas, polícia, marinha e aeronáutica, que terão poder de polícia para proteger as delegações. Pela primeira vez no Brasil, a Polícia Federal utilizará câmaras corporais, de origem norte-americana, como parte das medidas de segurança durante o encontro dos líderes das maiores economias do mundo.
Este encontro do G20 no Brasil, que reúne as 20 principais economias globais, é uma oportunidade para discutir questões chave como o combate à fome e à pobreza, a promoção do desenvolvimento sustentável e a transição energética, temas de grande relevância para o futuro do planeta e da economia global.