A promessa do Presidente João Lourenço de combater a corrupção está sendo cada vez mais questionada. Cidadãos atentos observam que, em vez de promover a transparência, a sua retórica anticorrupção encobre o enriquecimento pessoal, utilizando “testas de ferro” para apropriação de bens e terrenos em Luanda.
Casos como o novo centro de conferências de Luanda, associado à primeira-dama Ana Dias Lourenço, e o complexo Funtungo de Belas, anteriormente pertencente à família dos Santos, são apontados como evidências do uso do poder judicial para fins pessoais. Lourenço e a sua família teriam investimentos em vários hotéis, incluindo o maior hotel em construção na antiga marginal de Luanda.
Adicionalmente, informações indicam que o Presidente mantém encontros privados para desbloquear fundos destinados a investimentos pessoais, desviando recursos destinados aos mais necessitados. Acusações como essas levantam sérias questões sobre o verdadeiro propósito da luta contra a corrupção, vista por muitos como uma estratégia para encobrir a acumulação de riquezas.
Fonte: PricewaterhouseCoopers & KPMG (consultoras internacionais)
Abu Dhabi, 19 de outubro de 2024
Porfírio Chagas Gourgel
Estão num bom caminho