
Após mais de duas décadas de litígio, o Presidente da República, João Lourenço, decidiu pôr fim a uma longa batalha judicial, ordenando o pagamento de 30 milhões de dólares ao empresário Henrique Miguel “Riquinho”. A determinação consta no Despacho Presidencial n.º 267, de 29 de Agosto de 2024, e reconhece oficialmente a dívida que o Estado tinha com o promotor de eventos.
O montante refere-se a serviços prestados em grandes acontecimentos como o Afrobasket 2007, o Festival da Venezuela e o Mundial de Futebol, eventos para os quais Riquinho afirma ter investido recursos próprios para garantir a sua realização.
A resolução do caso ganhou força após um relatório da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), liderada por João Pinto, que reavaliou o histórico do processo e o encaminhou para o gabinete do ministro José Massano, da Coordenação Económica.
Riquinho, figura incontornável no entretenimento angolano, foi responsável por trazer ao país espetáculos memoráveis com artistas nacionais e internacionais. Ao longo da sua carreira de mais de 40 anos, foi inclusive reconhecido com um certificado de mérito pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos.
Com o pagamento da dívida agora em vias de concretização, Riquinho promete reativar grandes projectos, como a icónica Casa Blanca, e celebrar os 50 anos da Independência de Angola com novos eventos culturais à altura da sua história.
A decisão presidencial surge também após o empresário ter ameaçado impedir a realização do Afrobasket 2025, caso o Estado não reconhecesse oficialmente o débito pendente.