O exército de Israel anunciou hoje que 50 projéteis foram disparados a partir do Líbano em direção ao norte do país, com alguns deles sendo interceptados. Não foram mencionadas vítimas. O movimento xiita libanês Hezbollah assumiu a responsabilidade pelo ataque, afirmando ter disparado “uma grande salva de mísseis” na direção da cidade de Safed, no norte de Israel.
Na terça-feira, um ataque das Forças de Defesa de Israel contra Rayak, no leste do Líbano, resultou na morte de pelo menos cinco pessoas e feriu 16, conforme relatado pelas autoridades libanesas. Dados anteriores de Beirute indicam que, no último ano, os ataques israelitas causaram a morte de pelo menos 2.350 pessoas e feriram 10.906.
Os confrontos entre o Hezbollah e Israel, iniciados em 8 de outubro de 2023, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza, têm se intensificado. As hostilidades, que começaram com trocas de tiros na fronteira conhecida como “Linha Azul” (estabelecida pela ONU em junho de 2000), evoluíram para ataques mais abrangentes.
No final de setembro, Israel lançou uma campanha de bombardeios no sul e leste do Líbano, assim como nos subúrbios de Dahieh, ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah. Nesse período, Hassan Nasrallah, líder do grupo armado libanês apoiado pelo Irão, foi morto junto com outros dirigentes. Recentemente, ataques israelenses no centro da capital libanesa e em áreas ao norte do país, anteriormente consideradas seguras para milhares de deslocados, resultaram em dezenas de mortos.
O governo libanês informou que mais de 1,2 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas, mas apenas cerca de 188 mil foram registradas nos 1.059 abrigos criados pelas autoridades em todo o Líbano.