
O Governo iraniano condenou, esta quinta-feira, 5 de junho, o veto dos Estados Unidos à resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que apelava a um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente na Faixa de Gaza, bem como ao acesso humanitário urgente ao enclave palestiniano.
A posição foi tornada pública pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baqaei, que classificou a decisão norte-americana como uma “afronta à vontade da comunidade internacional” e um “sinal do declínio moral dos dirigentes dos EUA”.
“Este veto demonstra a cumplicidade dos Estados Unidos nos crimes do regime sionista de Israel”, afirmou Baqaei, reforçando as críticas ao papel de Washington no conflito.
A resolução vetada obteve 14 votos a favor e apenas um contra — dos Estados Unidos, que justificaram a decisão por considerarem que a proposta não contribuiria para os esforços diplomáticos em curso.
O documento incluía também um apelo à libertação imediata dos reféns capturados pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023, que despoletou a atual guerra em Gaza.
O Irão, que não reconhece o Estado de Israel, tem na causa palestiniana um dos principais pilares da sua política externa desde a Revolução Islâmica de 1979. As relações diplomáticas entre Teerão e Washington estão suspensas há mais de 40 anos.